Vamos ouvir Música – Dejá Vu – Crosby, Stills, Nash & Young

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Data / Hora
Date(s) - 19/06/2021
22:00 - 23:00

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FÁBRICA DE ALTERNATIVAS

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No próximo sábado dia 19 de Junho vão ser retomadas as noites de “Vamos ouvir música”. O conceito é simples, confortavelmente instalados degustando algo para comer ou beber, prestando a tenção, ouvir simplesmente um disco, falar sobre ele , o artista, a música, as memórias, o que vier em conversa.

Neste sábado, aproveitando uma tarde de limpeza de primavera da Fábrica de Alternativas durante a tarde e após um um jantar Mexicano confeccionado pela Mónica, vamos ouvir o álbum “Dejá vu” do quarteto Crosby, Stills, Nash & Young. Um álbum editado em 1970 e que foi o primeiro do grupo.

Estão todos convidados, mas não se esqueçam de fazer reserva para o jantar pois temos a habitual limitação de pessoas devido à pandemia. Reservas para o email: fabrica.de.alternativas@gmail.com 

Alguns dados sobre o disco

De três passam a quarto. CSNY, um dos supergrupos mais voláteis da história do rock, assinam a sua obra-prima logo à primeira tentativa.

O final da década de 60 foi pródigo na génese de supergrupos. Um dos que apareceu com mais convicção nasceu da união de David Crosby (ex-Byrds) com Stephen Stills (ex-Buffalo Springfield) e Graham Nash (ex-Hollies). Um trio que sabia extrair (melhor do que ninguém) os ensinamentos da folk de Dylan cruzando as harmonias vocais dos Beach Boys.

Em 1969 gravavam o seu disco de estreia, meses depois davam o seu segundo concerto para quase meio milhão de pessoas no festival Woodstock. A ascensão meteórica do grupo confirmava-os como superestrelas de um novo rock “made in USA” alimentado de canções acústicas em pleno convívio com o psicadelismo hippie da época. No entanto, se o grupo não se sentia satisfeito com o excesso de egos, eis que Stills convida o seu antigo companheiro dos Buffalo Springfield, Neil Young, para dar um ar ainda mais pomposo e rock à coisa (dois guitarras-solo é sempre melhor que um).

Músico versátil e já com dois discos a solo no bolso, Young era a força que o trio inicial precisava para manter “as pernas a andar”. Multi-instrumentista, armado de guitarras elétricas e órgãos meio jazzy, meio psicadélicos, Neil Young veio dar inevitavelmente um empurrão para que Déjà Vu fosse considerado uma obra-prima do rock.

A sua influência em canções como “Helpless” ou a suite “Country Girl” (um medley de três canções contidas numa só) decididamente deram aos CSN&Y um novo som que contemplava ao mesmo tempo várias direções como a country, o rock ou a folk. Estavam aqui as futuras pistas do soft-rock californiano que anos mais tarde foram exploradas a fundo por grupos como os Eagles, os America ou Flying Burrito Brothers.

Esta influência positiva do seu mais recente membro, inspirou os outros a construírem canções que ainda hoje permanecem como uma das melhores do seu longo catálogo (quer em grupo, quer a solo). Nash trouxe a sua influência british pop ao de cima para misturá-la com alguns requintes country com os hits “TeachYourChildren” e “OurHouse”. Crosby, sempre perseguido pelos seus fantasmas da droga assina aqui um grande tema rock com “Almost Cut MyHair” e Stills faz de “CarryOn” uma das melhores canções para se ouvir em plena autoestrada.

Mas não se pense que esta é uma obra para dar ênfase apenas a talentos individuais. A faixa “Woodstock” (uma versão de Joni Mitchell) é um desses raros momentos porque a palavra supergrupo não devia ser um termo sujo na indústria pop. E honras também para o melhor tema roqueiro do disco – “Everybody I l LoveYou” – com os seus duelos de guitarra entre Young e Stills.

Déjà Vu acaba por ser assim dos discos mais equilibrados da história do rock. Não só porque dá espaço a toda a gente de tocar como tem um conjunto de canções muito fortes e que ainda resistem passados quase 50 anos. Pena é que este coletivo nunca tenha gravado mais nada com esta magnitude e inspiração. Egos a mais ditaram aquilo que poderia ser uma brilhante carreira em comum. No entanto há sempre este “Déjà Vu” para voltar a recordar a magia de um grupo inato de talentos.

Laldo 1
No. Titulo Autor Voz Tempo
1. Carry On Stephen Stills Stills 4:26
2. Teach Your Children Graham Nash Nash 2:53
3. Almost Cut MyHair David Crosby Crosby 4:31
4. Helpless Neil Young Young 3:33
5. Woodstock Joni Mitchell Stills 3:54
Lado 2
1. “Déjà Vu” David Crosby Crosby 4:12
2. Our House Graham Nash Nash 2:59
3. 4 + 20 Stephen Stills Stills 2:06
4. Country Girl (Whiskey Boot Hill, Down Down Down, Country Girl (I Think You’re Pretty))” Neil Young Young, Crosby, Stills & Nash 5:11
5. “Everybody I LoveYou” Stephen Stills, Neil Young Stills, Crosby&Nash 2:21

 Músicos

David Crosby – Vozes exceto “4+20”; Guitarra ritmo em “Almost Cut My Hair,” “Woodstock,” “Déjà Vu,” e “Country Girl”

Stephen Stills – Vozes exceto”Almost Cut My Hair”; guitarras exceto”Our House”; baixo on “Carry On,” “Teach Your Children,” e “Déjà Vu”; teclados em “Déjà Vu”e “Everybody I Love You”; orgão em “Carry On” e “Woodstock”;  m “Helpless”; percursões em “Carry On”

Graham Nash – Vozes exceto “Almost Cut My Hair” e “4+20”; piano em “Woodstock” e “Our House”; orgão em “Almost Cut My Hair”; guitarra ritmo em “Teach Your Children”; percursão em “Carry On” and “Country Girl”; tambourine em “Teach Your Children”

Neil Young – voz em “Helpless” e “Country Girl”; guitarras em “Almost Cut My Hair,” “Helpless,” “Woodstock,” “Country Girl,” e “Everybody I Love You”; teclados, harmonica em “Country Girl”

Outros músicos

Dallas Taylor – Bateria exceto “Teach Your Children” e “4+20”; tambourine em “Teach Your Children”

Greg Reeves – baixo em “Almost Cut My Hair,” “Helpless,” “Woodstock,” “Our House,” “Country Girl,” e “Everybody I Love You”

Jerry Garcia – pedal steel guitar em “Teach Your Children”

John Sebastian – harmonica em “Déjà Vu”

Produção

Crosby, Stills, Nash&Young – produção

Bill Halverson – engenheiro

Gary Burden – director artistico e design

Henry Diltz, Tom Gundelfinger – Fotografia

Elliot Roberts – Direcção

David Geffen – agente

Joe Gastwirt – Gravação digital